quinta-feira, 2 de junho de 2011

Saindo de Altamira rumo ao Amapá!!!


Depois de ficar um mês em Altamira chega a hora de partir, fiz muitos amigos por lá e na hora de se despedir foi muito difícil, este é o preço que pago quando fico um bom tempo em alguma cidade, faço amigos muito rápido mas se despedir não é a minha especialidade, acho que nunca vou me acostumar com esta parte. Não poderia esquecer dos meus alunos que me surpreenderam muito com os resultados no final do curso de desenho, acreditem, todos que fizeram o curso atingiram o objetivo principal, que era desenhar um rosto de uma pessoa apenas observando.

Fiquei muito feliz com esta experiência de dar aula em um lugar bem distante de casa, meus alunos se mostraram muito interessados e no final pediam para que ficasse mais tempo na cidade, mas não poderia, pois não podia esquecer que estava viajando e ainda tem muita gente para conhecer neste imenso Brasil. Vou lembrar sempre de Altamira e dos diversos amigos e alunos que fiz por lá, esta foi mais uma cidade onde fui muito bem acolhido. Não poderia esquecer dos amigos de pedal que fiz por lá, como os amigos trilheiros da loja TRILHA, sentirei saudades, gostei muito da trilha noturna que fiz com a galera, foi muito divertido.

Na vila onde estava morando todos compartilharam um pouco de sua historia comigo, ja era praticamente um "vizinho", pois era assim que me chamavam, todas as noites ia para frente da Vila conversar com os amigos de lá, e muitas vezes a conversa rendia boas gargalhadas.

Por lá aprendi que quando se esta viajando as pessoas que vivem nas localidades são verdadeiros livros, e cada um tem uma importância para a sociedade, aprendi a me interessar muito mais pelos diferentes modos de pensar, e tambem aprendi que não devemos julgar as pessoas, mas ao invés disso compreendêlas e interpretá-las de acordo com sua realidade. "Cada pessoa é um mundo," ou um universo. Queria agradecer a todos da Secretaria de Cultura de Altamira, ao João Artur (secretário de cultura) e a Prof. Nilcéia (secretária de Educação de Altamira) meus sinceros votos de felicidade, assim como todos que la trabalham, Fabiana, Jefter, Iraci, Marciel, e enfim, todos que fazem a secretaria de cultura ser o lugar agradável que é.

Na partida estava com uma tremenda dúvida se continuava a cicloviagem pela transamazônica até Belém (mais 600 km) ou se pegava logo um barco para Macapá-AP, a verdade é que estava enjoado de tanto barro, pois ja havia meses que nao pegava estrada de asfalto, então decidi pedalar 45 km de Altamira-PA ate Vitória do Xingú-PA onde funciona o porto das cidades vizinhas, neste dia experimentei pedalar com minha nova bagagem distribuida para frente e atrás da bike, confesso que estranhei muito, principalmente na direção, o peso era mostruoso, ou talvez fosse uma causa de ter ficado um mês sem pegar a estrada, o fato é que estranhei minha bike naquele dia. Na ida para Vitória do Xingú encontrei um sargento do exército que ia passando de moto, ou melhor, ele me encontrou. Ao passar por mim ele diminuiu a velocidade e logo me veio aquela sensação de "Caramba, é agora que vou ser assaltado." Confesso que cada vez isso me assusta menos, mas bem, não era um assalto, ele so queria conversar e perguntar algumas coisas para o louco que estava pedalando aquela bicicleta tão carregada, acabou que viramos amigos e quando chegou em Vitoria do Xingu ele me apresentou muitos amigos dele e ainda ganhei um almoço e refrigerante, que legal.

São situações como essa que me fazem gostar ainda mais do cicloturismo, justamente por essa facilidade de fazer amigos, até mesmo na estrada e enquanto se esta pedalando. Cheguei as 12:00 hs em Vitória do Xingú, e o preço da passagem de barco para o Macapá era 100 reais, conversei com o comandante do barco e mostrei minha bicicleta carregada, e adivinha ganhei um desconto de 20% na passagem, rs, minha bicicleta é como um medalhão da sorte, ela sempre me possibilita descontos e boas amizades. Ainda havia pensado em pegar o barco para a cidade de Almeirim-PA e de lá ir pedalando para o Macapá, conhecendo as cidades de Almeirim-PA, Prainha-PA e Laranjal do Jarí-AP, mas ja estava ancioso para conhecer a capital amapaense e por isso me mandei para lá.

A viagem de barco foi maravilhosa e com direito á um pôr-do-sol ainda mais maravilhoso e com um nascer-do-sol que disputava qual dos dois era melhor. O barco sempre encostava em comunidades ribeirinhas ao longo da viagem e pude visualizar um pouco aquelas pessoas que vivem felizes longe do caos e do estresse das grandes cidades. Foram 24 horas de viagem e acabei chegando em Santana-AP (porto de Macapá) á noite e como não queria entrar na cidade nesse horário devido ao risco pedi ao dono do barco para pernoitar por ali mesmo no barco, e no dia seguinte pedalei 20 km até o Macapá-AP.




Viagem de barco de Vitória do Xingú-PA para Santana no Amapá.


barco de pesca

imagem linda do rio Xingú-PA.

escola da comunidade ribeirinha no rio Amazonas.

amigos de viagem.

não tinha mais espaço para atar redes no barco.

casa de moradores ribeirinhos no rio Amazonas.

anoitecer no rio Xingú-PA.


meus alunos do curso de desenho na biblioteca do centro cultural de Altamira-PA.

Alunos em frente ao Centro Cultural de Altamira.

mais alunos, também aprendi muito com todos.

Um comentário:

  1. Opa,,,,,,,, vc ta demorando pra posta os relatos,,
    aconteceu alguma coisa cm vc???
    cara de noticias ai,, abraço

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